Dentro do peito de Mariana
o Universo tinha o tamanho do seu coração.
Nele, sonhos vagavam
em meio às estrelas em nascimento,
enquanto outras morriam por implosão.
Galáxias também surgiam
sem o seu consentimento.
Buracos negros, aos montes, engoliam
as luas, a Lua, e um astronauta em órbita.
Na Terra, cabiam todas as pessoas do mundo,
e no espaço, infinito, cabia de tudo um pouco,
mas em nenhum lugar cabia Mariana.
Com todo esse Big Bang de sentimentos
em constante sede de explosão,
ela sentiu vontade de arrancar o coração fora…
Não deu não:
seu peito de aço eram as próprias mãos de Deus,
protegendo o desequilíbrio ordenado das coisas
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