quinta-feira, 21 de novembro de 2013

E ainda queres morrer?

Vives tuas noites tão densamente!
Por que não te permites provar do sabor
agridoce dos sofrimentos teus?
Ferva-os e faça para ti um bom guisado.
Despenda algum tempo para debruçar-te sobre o prato
e mastigar a inutilidade do sereno noturno
(estampado nas corujas alheias),
junto com suas (des) ilusões e fantasias,
dentro do pouco tempo que nos resta até que o primeiro
feixe de luz nos perturbe os olhos,
voltando a sermos mais do que meros animais;
e regurgitando o que não digeristes, te sentirás melhor.
E (sobre) viverás.